terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dias bons e Dias maus

O futuro começa a assustar-me. Ontem foi um dia completamente terrível, em que me obrigou a pensar e repensar sobre algumas das atitudes que tenho tido ao longo da minha vida.
Às vezes sinto medo. Sinto medo de não encontrar alguém que me preencha, que me faça feliz e que, acima de tudo, goste de mim tal e qual como eu sou, com os meus defeitos e com as minhas qualidades. Vejo os anos a passar, as amigas a terem relações que já parecem de casamento, a serem felizes, a viajar com a sua cara-metade, a fazer planos, a rir, a chorar, a fazer promessas, a acabar, a recomeçar. Já estou sozinha a algum tempo e posso confessar que muita da minha solidão se deve a mim. Quando alguém se quer aproximar eu não dou confiança, aliás, até sou bastante desconfiada e não me dou a conhecer assim tão facilmente, mas encaro isso como uma defesa minha. Porque só os privilegiados me conseguem conhecer 'a fundo'.
Mas, por outro lado eu penso. Mas não é bom estar assim? Não é bom ter a liberdade de não ter que dar justificações a ninguém, nem com quem vou sair, nem com quem estou a falar e por aí fora? Não sabe bem estar sempre disponível para as saídas com as amigas? Para o álcool a mais? Para desejar ter aquele gajo uma noite, um mês, o tempo que seja? Apreciar as coisas boas que a vida de solteira tem? Claro que sabe e posso sentir-me sortuda por isso mas de uma coisa eu sei. Eu também preciso de estabilidade emocional que só uma relação estável me sabe dar. E anseio por isso. Anseio pelas noites de cinema, pelas noites debaixo das mantas, dos telefonemas, das mensagens, dos concertos, dos jantares, dos beijos, dos abraços, de tudo isso. Mas, como a vida não é como nós queremos mais vale aproveitar o presente e deixar o futuro nas mãos de Alguém.

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